A psilocibina é uma substância psicoativa contida em cogumelos mágicos como o Psilocybe Cubensis, que possui grande destaque atualmente.
Isso se deve, em especial, pelo fato de que o cogumelo alucinógeno vem sendo testado em pesquisas para tratamentos de doenças como a depressão e distúrbios de humor.
O nome psilocibina tem sido tão difundido nos últimos anos que o neurocientista, escritor e filósofo norte-americano Sam Harris decidiu testar o alucinógeno, relatando sua experiência posteriormente.
Saiba mais sobre essa experiência de Harris com a psilocibina neste artigo da Natureza Sana!
Experiência com a Psilocybe Cubensis
Para viver a experiência psicodélica, o neurocientista Sam Harris ingeriu cerca de 5g de cogumelos mágicos desidratados, do tipo psilocybe cubensis.
Antes de consumir o produto, Harris se refugiou em uma local tranquilo, ficando na mais profunda solitude e escuridão.
Cabe enfatizar que Sam Harris não é amplamente explorador dessa prática de consciência, tendo testado apenas outras substâncias enteógenas e cogumelos mágicos com dosagens menores.
Assim, todos os experimentos psicodélicos feitos pelo estudioso estão registrados em seu livro, “Despertar – Um guia para a espiritualidade sem religião”.
Além disso, essa foi a primeira vez que Harris fez novos experimentos com substâncias psicoativas após 24 anos de afastamento.
Preparativos para sentir os efeitos da psilocibina
Em alguns vídeos e entrevistas, o filósofo americano conta que consumiu 5g de Psilocybe Cubensis desidratados, um cogumelo enteógeno que tem como princípios ativos a psilocibina e a psilocina.
Então, durante todo o tempo da experiência, Harris ficou vendado, de forma que todo o contato visual com o mundo externo fosse interrompido.
Segundo o estudioso, viver isso foi algo totalmente novo, uma vez que suas experiências anteriores com cogumelos envolveram dosagens menores.
Novas descobertas
Após viver essa experiência com a psilocibina – estando totalmente vendado -, Harris percebeu que a mente humana ainda possui mistérios a serem desvendados.
Em situações anteriores, testando LSD e outros tipos de cogumelos psicoativos com dosagens mais baixas, o neurocientista comenta que teve “bad trips”.
Ou seja, viagens alucinógenas que não ofereceram boas sensações e que, portanto, o deixaram receoso para novas tentativas com outras substâncias.
Mas Harris tinha conhecimento de relatos de pessoas que haviam ingerido altas doses de psilocibina e vivido o que ele chama de “encontro com algo que parece ter mente própria”.
Confira o vídeo com o resumo sobre a experiência:
Sensações vividas por Sam Harris
Diferentemente do que ele havia sentido ingerindo LCD, com os 5g de psilocibina descreve a sensação de ser guiado pelos corredores da mente de modo mais profundo.
Em princípio, ele acreditou que os efeitos eram por conta do cogumelo mágico. Mas, ao passo em que as sensações se aprofundaram, Harris teve a certeza de que parte da experiência parecia ser um encontro com algo que ia além de sua mente.
Enquanto estava vendado, o filósofo teve a sensação de estar em um armário, preso juntamente com um jaguar, que o olhava fixamente.
Psilocibina e as manifestações visuais em Sam Harris
Sam Harris enfatiza que a psilocibina é uma substância enteógena altamente visual, promovendo visões que se manifestam em ondas.
Assim, a cada vez que as ondas recuavam em seu experimento, a vontade de provar sensações ainda mais diferentes aumentava.
Mas o estudioso também ressalta que o cogumelo mágico não interfere apenas no sentido visual. Conforme ele mesmo declara, é uma sinergia de sentidos, ou seja, uma fusão de todos os sentidos sendo aguçados cada vez mais.
De forma resumida, Haris conta que toda essa vivência foi como ser “lançado ao sol, tão cegante em sua beleza e intensidade, que estilhaça sua mente”.
Por fim, ele declarou: “Eu me sinto mais são do que nunca”.