O potencial medicinal dos cogumelos alucinógenos (particularmente do seu princípio ativo, a psilocibina) está sendo estudado com o maior interesse desde a década de 60.
Os benefícios da substância no combate a diversas condições mentais (Transtorno obsessivo-compulsivo ou T.O.C, esquizofrenia, transtornos de personalidade e enxaquecas crônicas), já relatados por usuários, estão sendo cada vez mais comprovados por universidades americanas e europeias.
Cogumelos mágicos no tratamento de enxaquecas
A psilocibina é eficaz sobretudo no combate à dores de cabeça crônicas, como as enxaquecas do tipo “neuralgia migranosa periódica”, ajudando não só a aliviar a dor mas também a evitar novas crises.
As grandes vantagens da psilocibina em relação aos medicamentos tradicionais são a sua não-toxicidade (comparada com remédios como o carbonato de lítio por exemplo) e a baixa incidência de efeitos colaterais.
Estudos realizados com a psilocibina
Um estudo conduzido pela doutora Emmanuelle Schindler na Universidade de Yale, no qual foram ministradas microdoses de cogumelos em pacientes, comprovaram efeitos positivos da psilocibina contra a “cefaléia em Salvas” (cluster headache), considerada uma das espécies mais dolorosas de dor de cabeça crônicas.
Outro estudo feito em Harvard em 2006 com portadores da mesma enxaqueca chegou à mesma conclusão.
Acredita-se que o sucesso desses testes se deva a composto triptamina, alcalóide encontrado na psilocibina e que já é usado em medicamentos para enxaqueca.
Este composto ativa a serotonina do cérebro, reduzindo a inflamação e consequentemente diminuindo a dor de cabeça.
O Dr. Charles Grob, o responsável do departamento de psiquiatria infantil e de adolescentes do centro médico Harbor-UCLA (ligado à Universidade da Califórnia) afirma: “Acho que estes compostos têm um tremendo potencial ainda não descoberto, para serem utilizados na medicina e na psicologia. Penso que precisam de ser desmistificados, e os parâmetros de segurança estabelecidos e estudados. Mas com um bom controle, acho que podem ser usados com segurança e eficiência”.
Ainda que a cura definitiva ainda não tenha sido encontrada, a psilocibina tem ajudado a medicina a avançar alguns passos.